Inspirada em receita familiar, brasileira Paula Barbosa se torna sucesso em Nova York com empresa que investe em sabores clássicos de brigadeiro. De um passatempo para agradar os amigos, o brigadeiro, em seis meses, ganhou ares profissionais e passou a fazer sucesso em Nova York. A iniciativa partiu da brasileira Paula Barbosa, que era produtora de moda no Rio e foi para os EUA em agosto do ano passado. Ali, abriu a marca My Sweet Brigadeiro e, com o sucesso do doce, ganhou as páginas do "New York Times". Barbosa afirma que essa não era a ideia quando foi para Nova York. Ela tinha acabado de pedir demissão e decidiu passar férias e fazer cursos de moda nos EUA. Até que, convidada para uma festa de aniversário, decidiu presentear uma amiga com uma caixa de brigadeiros. "Todo mundo, brasileiros e americanos, ficou louco e começou a pedir." O que era para ser um presente virou profissão e, com a demanda, as férias acabaram ficando de lado. À medida que as encomendas se acumularam, ela criou o site mysweetbrigadeiro.com e passou a investir na embalagem do produto. A grande virada, contudo, ocorreu em meados de fevereiro, quando o trabalho dela e da sócia, a também brasileira Cristina Bhan (que virou sua parceira no início do mês passado), apareceu nas páginas do "New York Times". Se antes elas passavam de três a quatro horas por dia, de segunda a sexta, envolvidas com os doces, agora a jornada é diária e dura 12 horas.
"Existe 1.000%? Então é isso", diz ela, explicando o quanto sua vida mudou no último mês.
Barbosa conta ter se surpreendido com a recepção dos americanos. "As pessoas falavam que americano achava brigadeiro muito doce, mas, juro por Deus, nunca ouvi isso."
Questionada sobre a possibilidade de ter que mudar o modo de preparo para se adaptar ao gosto dos EUA, ela diz que a receita que utiliza é a mesma que aprendeu com a mãe e a avó e começou a fazer na adolescência. "O pretinho básico é o clássico de sempre, sem nenhuma alteração para os americanos", afirma. De acordo com Barbosa, a ideia da My Sweet é investir nos sabores clássicos, sem ofender puristas. Além da massa de chocolate, ela produz a de pistache e a de coco. "Aquela coisa que está bombando em São Paulo, de cem sabores diferentes, não é a nossa ideia, ao menos por enquanto." Todos os produtos, segundo elas, vêm do Brasil (como granulados e leite condensado), comprados em supermercados para a comunidade brasileira. "Ninguém traz nada na mala escondido." E o Brasil ainda está muito ligado às vendas, ainda que elas calculem que metade do produto seja vendida para americanos.
"Se não é um brasileiro pedindo, é um americano que tem família brasileira, conhece o Brasil ou vai dar uma festa com brasileiro."Fonte: Jornal folha de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário